Mulher morre depois de perder controle em apostas e família fica com dívida milionária

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Mulher morre depois de perder controle em apostas e família fica com dívida milionária
© Envato

Quando se deu conta do tamanho do prejuízo com os jogos, Ângela não suportou e acabou tirando a própria vida

Uma família tenta se reerguer depois que uma mulher morreu e deixou uma dívida imensa contraída em jogos online. A cearense Ângela Maria Camila da Paz, de 39 anos, é uma das vítimas dos jogos virtuais. Depois de ter faturado cerca de R$ 10 mil em uma das apostas, a vendedora de roupas e mãe de três filhos ganhou confiança no jogo e decidiu apostar tudo o que tinha e o que não tinha.

A soma depositada nos jogos ultrapassa R$ 1 milhão. Ela também vendeu a nossa casa e provavelmente o sítio da nossa família, porque a gente não encontrou o documento.

Jéssica Lobo, irmã de Ângela

Ângela pediu muitos empréstimos e envolveu familiares e amigos. Quando se deu conta do tamanho do prejuízo, não suportou e acabou tirando a própria vida.

Em um vídeo, a irmã mostra os vários depósitos feitos na plataforma durante três anos.

A família entrou em choque com a notícia da morte de Ângela e o tamanho das dívidas que eles não têm condições de pagar.

Estabelecimentos que promovem jogos de azar são proibidos no Brasil, mas em dezembro do ano passado, o país sancionou uma lei que regulamenta apostas esportivas e autoriza jogos como cassinos e bingos em plataformas online. Ângela apostava em uma empresa deste tipo sediada em Curaçau, no Caribe.

A partir de agora, depois da regulamentação, plataformas assim vão precisar ser registradas e ter uma licença para atuar no país. Elas serão tributadas e fiscalizadas.

De acordo com um advogado consultado na reportagem, o jogador assume o risco ao acessar essas plataformas e não há como responsabilizar a empresa. Na Internet, existem muitas denúncias de valores altos que não teriam sido pagos pela Blaze a apostadores que ganharam nos jogos. Neste caso, fica configurada uma possível fraude e por isso uma investigação criminal foi aberta.

A equipe de reportagem do ‘Fala Brasil’ entrou em contato com os representantes da empresa, questionando sobre a morte de Ângela e sobre o funcionamento. Em nota, a Blaze informou que as atividades das casas de apostas foram recentemente reguladas no país e que a companhia tem altíssimo padrão de profissionalismo e transparência com seus clientes. Com relação à investigação criminal, informou que o Ministério Público pediu arquivamento do inquérito policial por entender que os fatos não configuram algo ilegal.

Ângela criou dependência nos jogos e acreditou que poderia ganhar muito, mas acabou frustrada. Infelizmente, a família dela não identificou os sinais com antecedência para poder ajudar.

Com relação às dívidas, o advogado recomenda à família procurar os credores e tentar um acordo para ser perdoada a dívida.

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