Alguns economistas alertam que o aumento da dívida pública pode sobrecarregar ainda mais a economia chinesa
O Governo chinês tomou a decisão de incentivar a população a aumentar o consumo como uma estratégia para reativar a economia do país. No entanto, especialistas expressam preocupações de que essa abordagem possa ter impactos adversos no crescimento econômico em longo prazo.
A economia chinesa tem enfrentado desafios significativos desde o estouro da bolha imobiliária em 2021. Esse evento resultou numa queda acentuada na arrecadação de impostos e deixou muitas cidades com uma dívida pública insustentável. Além disso, a falta de liquidez levou à falência de aproximadamente 4 milhões de empresas nos últimos três anos.
Lon, um economista nascido na China e especialista em consultoria para empresas e bancos do Japão, destaca a importância de investir em tecnologia da informação para garantir uma maior sustentabilidade econômica. De acordo com projeções do Fundo Monetário Nacional, espera-se que a taxa de crescimento econômico da China, que tinha uma média anual de 6,7% antes da pandemia, caia gradualmente para 3,5% até 2028. No entanto, o Governo chinês mantém uma meta de crescimento de 5% para o ano atual, com foco no consumo interno.
Para atingir essa meta, o Governo anunciou uma série de medidas, incluindo o aumento das aposentadorias dos agricultores, a redução dos preços das creches, uma maior assistência aos idosos e auxílios para facilitar a moradia e a compra de eletrodomésticos. Além disso, planeia emitir o equivalente a 695 trilhões de dólares em títulos do Tesouro Nacional para financiar essas iniciativas.
No entanto, alguns economistas alertam que o aumento da dívida pública pode sobrecarregar ainda mais a economia chinesa e potencialmente levar o país à estagnação econômica. Além disso, o envelhecimento da população e o aumento do desemprego, especialmente entre os jovens, representam desafios adicionais para o país.
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