O modelo e ator que estava desaparecido em São Paulo foi encontrado morto no último final de semana
Ricardo César Merini, de 37 anos, saiu de casa para encontrar um amigo, mas o corpo foi achado perto de um viaduto por um socorrista do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). A identidade da vítima só foi confirmada, no IML (Instituto Médico Legal), uma semana depois do desaparecimento.
Acompanhe a reportagem de Filipe Brandão.
Túlio trabalha na ambulância do Samu. Ele estava atento aos detalhes e reparou nas roupas do homem encontrado machucado embaixo de um viaduto próximo a um terminal de ônibus no centro de São Paulo.
O homem tinha uma fratura no crânio, uma no tornozelo e outra no punho. Como a vítima já estava sem vida, foi levada ao Instituto Médico Legal (IML) como indigente.
Túlio assistiu à uma reportagem na Record TV sobre o desaparecimento de Ricardo Merini, de 37 anos. As roupas reconhecidas pelo socorrista eram as mesmas que o modelo usava quando saiu de casa às 23h36, em 21 de outubro. O rapaz caminhava pelo bairro, mas desapareceu dos circuitos de segurança.
O corpo do ator e modelo ficou no IML por quase uma semana e só foi identificado depois que peritos usaram as digitais coletadas para confirmar que se tratava de Ricardo Merini.
A família foi chamada e também o reconheceu. A demora na identificação causou revolta nos parentes e amigos que haviam se mobilizado para encontrá-lo.
Amigas relatam que foram ao IML mais de uma vez, mas sempre foi negada a chegada de alguém com as características do modelo ao instituto.
Em nota, a Secretaria de Segurança de São Paulo disse que está trabalhando para esclarecer o que aconteceu.
Ricardo Merini começou a carreira de modelo no início dos anos 2000. Fez desfiles de moda no Brasil, Estados Unidos e Europa. Mais recentemente, começou a se dedicar à carreira de ator.
Natural de Santa Catarina, ele desapareceu no mesmo dia em que chegou de viagem da cidade de Chapecó, após visitar a família.
As câmeras de segurança do prédio mostram o rapaz com uma mala duas horas antes de sair novamente. O celular de Ricardo não foi encontrado pelos socorristas. Amigos localizaram o sinal de GPS em uma comunidade na zona oeste de São Paulo. Na semana passada, a Polícia realizou buscas no local, mas não encontrou o aparelho. A quebra do sigilo telefônico do ator pode ajudar a descobrir quem foram as últimas pessoas que conversaram com ele.
O corpo do modelo foi levado para Santa Catarina para ser enterrado, mas a Polícia de São Paulo ainda busca muitas respostas. O que de fato aconteceu na noite do desaparecimento? Ele teria saído de casa para se encontrar com um amigo, mas nunca chegou ao local.
Será que Ricardo caiu do viaduto, foi jogado ou reagiu a um assalto? São dúvidas que se misturam ao luto de quem acompanhou a vida do ator.
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