Em junho, uma expedição terminou em tragédia, com cinco pessoas mortas.
Mesmo após a implosão do submersível que matou todos os passageiros, uma companhia norte-americana planeja uma visita à região onde naufragou o navio Titanic. O projeto é da RMS Titanic Inc, responsável por organizar exposições com artefatos recuperados do transatlântico que afundou em 1912 ao colidir com um iceberg. A instituição detém os direitos de recuperação dos destroços dessa embarcação, que estão a quase mil metros de profundidade no Atlântico Norte.
A empresa pretende realizar uma viagem em maio de 2024. A ideia é filmar e fotografar o trecho onde estão os escombros e procurar os artefatos do Titanic que possam ter importância histórica. Isso incluiria fazer buscas dentro dos destroços do navio.
No entanto, os planos não agradaram o Governo dos Estados Unidos. A Casa Branca e a companhia se enfrentam num tribunal do estado da Virgínia, que cuida das questões relacionadas ao naufrágio. Essa batalha judicial não tem relação com um acidente envolvendo o submersível Titan neste ano.
Para as autoridades norte-americanas, essa expedição violaria uma lei federal e um acordo com a Grã-Bretanha, que considera essa região como sagrada e, por isso, o país proíbe alterar, interferir ou danificar o que sobrou do transatlântico. Além disso, uma viagem até esse local poderia afetar os restos mortais das vítimas que permaneceram ali. A tragédia do Titanic deixou 1.500 pessoas mortas.
Em resposta, a empresa afirmou que não planeja separar ou retirar qualquer parte dos escombros. Apesar de não pretender pedir autorização para realizar essa missão, a viagem depende da aprovação do secretário de Comércio dos Estados Unidos.
Essa não é a primeira vez que o Governo e a companhia entram em confronto judicial. Em 2020, as duas partes se enfrentaram na justiça por causa de outra expedição para a região, mas o projeto acabou sendo interrompido durante a pandemia sem que o caso fosse encerrado.
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