Os desafios que estas máquinas colocam à Humanidade originam muitas dúvidas. E na balança das ‘vantagens’ e ‘desvantagens’ qual será o prato que mais vai pesar?
Não é uma questão de ‘se vamos ou não ser substituídos’… é, antes, ‘quando’ e ‘como’. E o que fazer nesta relação, cada vez mais, estreita entre homem e máquina?
No âmbito laboral podemos estar certos de que os robôs serão capazes de desempenhar praticamente todas as tarefas dos humanos – e em muitas delas poderão ser mais rápidos e eficientes -, embora o mesmo não seja expectável em tudo o que exija, por exemplo, emoção, sensibilidade e criatividade.
Porém, num futuro cada vez mais próximo, serão poucas as áreas em que a inteligência artificial (IA) não terá participação, mesmo que se trate de universos tão diferentes como o artístico, comunicação social, trabalho social, justiça e ciência.
“No futuro, as máquinas serão mais eficientes e seu trabalho mais barato do que o feito por humanos”
Essa transformação trará benefícios aos empregadores, que passarão a dispor de ‘funcionários’ que não faltam ao trabalho, não adoecem, não precisam descansar, não têm problemas pessoais e não reivindicam por melhores condições laborais.
A pergunta que urge responder é qual será o papel do ser humano num mundo em que os robôs serão capazes de satisfazer quase todas as necessidades dos criadores.

Perigos da IA
Atualmente, há vários cenários em aberto, como, por exemplo, a proposta de um rendimento básico universal – um pagamento regular atribuído pelo governo a cada cidadão, com o objetivo de garantir a subsistência das sociedades. Porém, esta ideia não é original e já remonta à antiguidade – mas até agora nunca foi aplicada de modo sustentável. E os especialistas tendem a acreditar que tal sistema nunca seria viável.
Outras das preocupações mais comuns envolve o medo de uma possível subjugação dos humanos à IA. Elon Musk, durante uma conferência, avisou: “Anotem as minhas palavras: a IA é muito mais perigosa do que armas nucleares”.
O multimilionário também compartilhou em uma entrevista que tentou durante anos abrandar a velocidade com a qual a IA está sendo desenvolvida, que tentou implementar regulação para essa área, mas sem sucesso.
Não raras vezes, determinadas realidades só são reguladas após uma fase inicial, em que a experiência demonstra que é necessário impôr regras. Exemplo disso é a regulação do cinto de segurança, que demorou mais de 10 anos até ser implementada – após a perda de muitas vidas.
Musk, que também é o fundador da Neuralink, uma empresa que cria interfaces para o cérebro, afirmou que, talvez, a única forma para que a IA não nos domine é de fundir-nos com ela. Ou seja, tornar-nos numa espécie de ciborgues.
Ciborgues, máquinas de guerra e robôs ‘yes, sir’?
“De certa forma nós já somos ciborgues”, disse o CEO da Tesla e proprietário do Twitter em uma entrevista. E acrescentou: “Não vivemos sem smartphones e computadores. Estes são uma espécie de extensão do nosso cérebro. Já somos ‘super-humanos’”.
“É possível que no futuro os humanos tenham chips implantados no cérebro com IA e que usem próteses ou corpos artificiais, ao estilo da personagem Homem de Ferro (Iron Man) da Marvel”
Todavia, existe sempre o perigo dessas tecnologias poderem ser utilizadas como armas. Por outro lado, parece certo que iremos usar os robôs como nossos ‘escravos’, substituindo o trabalho humano e permitindo que as pessoas possam dedicar o tempo ganho para outros interesses.
Mas o que acontecerá se os robôs desenvolverem uma autoconsciência, tal como muitas vezes é retratado em livros e filmes de ficção científica? Será que eles vão querer controlar os seres humanos?
Estas especulações poderão acender em nós muitas perguntas sobre a nossa essência, a nossa existência – como, por exemplo, ‘o que significa ser humano?’ Afinal, o que nos diferencia dos robôs será a consciência, a criatividade… ou, tão simplesmente, a capacidade de amarmos.
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