Especialistas também afirmam que podem espalhar fake news
A inteligência artificial tem gerado debates intensos em todo o mundo. Nesta semana, famosos como a atriz Selena Gomez e até o rei Charles III viralizaram com fotos em eventos aos quais não compareceram. As imagens foram criadas pelo computador.
Pesquisadores na área da tecnologia fizeram um alerta sobre o uso das ferramentas.
A inteligência artificial, ou IA, é o nome que se dá a capacidade que alguns sistemas têm para interpretar dados e reproduzir o comportamento humano de maneira autônoma.
Pode ser usada em todo o tipo de situações sem grande importância mas também é usada para assuntos sérios, como diagnósticos médicos ou para facilitar o trabalho em escritórios de advocacia.
Mas se é possível criar qualquer imagem com IA, como saber o que é verdade e o que não é?
Esta semana muita gente acreditou que a atriz Selena Gomez, uma das personalidades mais seguidas nas redes sociais, tinha ido ao famoso evento Met Gala, em Nova York. A imagem dela no tapete vermelho viralizou, mas a imagem não era verdadeira, Selena não estava lá.
Segundo o New York Post, a imagem foi gerada através de Inteligência Artificial e tal montagem envolveu ainda outra atriz que também não foi ao evento, Zendaya. Até o rei Charles III, as vésperas da coroação, não foi poupado da brincadeira.
A inteligência artificial tornou-se uma ferramenta atraente para o mundo do crime nos Estados Unidos. Golpistas clonaram a voz de uma adolescente de 15 anos para um falso sequestro. Jennifer de Stefano recebeu uma ligação e conta que chegou a ouvir a voz da filha Bri a pedir ajuda. Enquanto conversava com os bandidos, as amigas de Jennifer conseguiram acionar a polícia e o pai da adolescente. A jovem estava em segurança.
Especialista em crimes cibernéticos alertam sobre o risco de golpes mais sofisticados.
Atualmente, até o acadêmico Jofre Hilton, conhecido como poderoso chefão da Inteligência Artificial, deixou o seu emprego no Google e pediu cuidado com a ferramenta que ajudou a criar. Ele lamenta a criação de sua vida, que pode se tornar fonte de desinformação e risco para empregos e inversões futuras. Ele crê que pode ser, inclusive, um perigo até para a humanidade
Fernando Ferreira, professor e pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro, acredita que esse movimento é um misto:
“Uma mistura de preocupação com a ética e corrida pelo desenvolvimento. Ninguém quer ficar para trás, precisamos de alguma maneira regulamentar trazendo responsabilidade, mas não é a ponto de parem as máquinas”.
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