Eu amo esta terra, amo as pessoas daqui, o povo português!
Apresentador, ator e ex-cantor brasileiro. Ele é um dos comunicadores mais bem-sucedidos do Brasil e é o rosto de programas que são um êxito, como é o caso de ‘Hora do Faro’. Rodrigo Faro esteve em Portugal, nas instalações da Record TV Europa e andou pelas ruas de Lisboa, onde recebeu muito carinho do público.
Esta não é sua primeira vez em Portugal…
Rodrigo Faro: Não… Se eu tivesse algum outro lugar para escolher morar se não fosse o Brasil – onde eu vivo -, com certeza seria Portugal. Eu amo esta terra, amo as pessoas daqui, o povo português! Amo todos os que estão aqui, porque todos os países de Língua portuguesa que acompanham o programa ‘Hora do Faro’ e todas aquelas pessoas que vêm para cá estudar – da África e de outras geografias do mundo que fala português – estão aqui! Então, o carinho que recebo nas ruas é como se eu estivesse no Brasil, como se eu estivesse em casa. Adoro vir aqui. Vim para trabalhar, para passear – estive no Algarve recentemente -, enfim… eu sou um pouco suspeito para falar desta terra, porque Portugal mora no meu coração.
Eu gosto quando as coisas dão errado, porque é aí que eu posso tirar proveito do momento, improvisar e fazer algo engraçado e diferente
Por norma, você é o entrevistador… Como está sendo agora, em que é o entrevistado?
R.F.: É diferente, não é? [risos] É engraçado, porque do outro lado é sempre mais complicado. Fico pensando: ‘O que será que vão me perguntar? O que querem saber? Como vai ser a entrevista?’ Então, como estou habituado a fazer entrevistas e estar do outro lado, fico um pouco fragilizado, digamos assim, à espera do que vai acontecer. Mas aqui [nos estúdios da Record TV Europa] não, estou supertranquilo.
O que poderia lhe deixar mais desconfortável em uma entrevista?
R.F.: Não sei… Eu já peguei em tantos microfones na televisão, já fiz tanta coisa maluca que eu acho que hoje, de verdade, nada me desconcentra nem desconcerta. Gosto quando as coisas dão errado, porque é aí que posso tirar proveito do momento, improvisar e fazer algo engraçado e diferente. Acho que é isso que nos aproxima das pessoas, porque é aí que elas vêm que você é de ‘carne e osso’, não é? Um apresentador também erra, também troca os nomes – já troquei nomes, já fiz muitas coisas erradas – e é nessas situações que acaba brincando com o momento.
É aí que está a beleza da nossa profissão. Criar uma imagem de que somos perfeitos não é bom…
R.F.: Não, e é chato! Ninguém é perfeito, ninguém tem vida de Instagram, tudo bonito, tudo legal…
As melhores histórias de televisão, por regra, são aquelas vividas nos bastidores, aquelas que acontecem quando as câmaras não estão ligadas. É aí que acontece tudo e mais alguma coisa! Há alguma história vivida nos bastidores que lembra e queira compartilhar?
R.F.: Eu faço muito essas coisas, de deixar a câmara gravando. Hoje estava gravando no Parque das Nações [Lisboa] e tinha muita gente. Então, enquanto eu estava dizendo o texto para a câmara, as pessoas começavam a gritar ‘Rodrigo! Dança Gatinho! Vai Dar Namoro! Faro!’. Eu ia apresentando o programa enquanto atendia aquelas pessoas e tirava fotografias. Tudo isto falando com a câmara. Isto é algo que não é normal as pessoas verem em um programa de televisão. Às vezes, está-se gravando um programa de televisão, uma pessoa grita e o apresentador pede silêncio. Eu não tenho isso. Se estou aqui em Portugal, vamos falar! Pergunto de onde as pessoas são, entrevisto-as e depois volto a falar para a câmara. Depois vem outra pessoa de Guiné-Bissau, depois da Angola, Moçambique… Há muitos adolescentes! O ‘Vai Dar Namoro’ é o programa em que eu mais falo bobagem, as cantadas… [risos] O ‘Vai Dar Namoro’ é uma fábrica de memes ambulantes, que vão para a Internet e tornam-se virais.
Há alguma cantada que te tenha marcado? Cantada para nós é ‘piropo’…
R.F.: Como? Piropo? Que legal! Então, vou mandar agora um piropo para todas as portuguesas que estão neste momento fazendo um pastel de Belém ou fazendo aquela sardinha, aquele bacalhau com azeite que só há aqui em Portugal… Esta cantada é para você: “A senhora não é WiFi, mas estou sentindo a nossa conexão”. É para dizer só um ‘piropo’, não é? [risos] Eu hoje estou ‘piropeiro’! [risos]
São 40 anos trabalhando nesta área, então, eu gosto de estar com as pessoas, de falar e de as abraçar… Esse é o segredo
Rodrigo, você é literalmente uma ‘pessoa de pessoas’… O que lhe faz criar esta conexão tão grande com o público?
R.F.: Acho que é muito aquilo que estávamos falando, de eu ser um homem normal, real, verdadeiro à frente da câmara. Em toda a minha carreira sempre procurei mostrar o meu outro lado, os meus erros e irreverências. Tento estar fora daquela caixa quadrada que sempre foi a televisão. Quando conseguimos esse tipo de comunicação e nos mostramos de verdade, gera-se esse tipo de empatia. Acho que esse é o segredo. É importante também respeitar muito o público. São 40 anos trabalhando nesta área, então, eu gosto de estar com as pessoas, de falar e de as abraçar… Esse é o segredo.
O que podemos esperar de novidades no ‘Hora do Faro’?
R.F.: Nós estamos trazendo vários quadros novas. Vamos ter agora o ‘Funcionário Famoso’, em que basicamente ‘obrigo’ os famosos a fazerem o que eu faço. Eles vão ter de se fantasiar, ir para o meio de algum lugar e fazer coisas malucas para os seus fãs que não sabem quem o funcionário é e que é ele o ídolo deles. Cada coisa que eu disser nos fones deles e eles fizerem, valerá dinheiro para os fãs. Por exemplo, você está aqui e há aqui também um fã seu. Você começa a fazer loucuras e ele não pode lhe reconhecer, quando fizer as coisas que eu lhe digo ao ouvido você estará dando dinheiro. Então, é assim, o ídolo pode dar dinheiro ao fã. Este é um quadro legal que vamos fazer. Também temos algumas viagens pelo mundo: vamos aos Estados Unidos, ao Oriente Médio… agora estamos em Portugal, em Lisboa, fazendo conteúdos muito bons… Vamos mostrar a casa da Madonna, vamos contar a história de um fã do meu programa, mostrar lugares lindos e curiosidades de Portugal e ainda vou acompanhar o pessoal do forró, do piseiro, que é composto pelo Vitor Fernandes, o Tarcísio do Acordeon e João Gomes. Eles vão fazer um show aqui em Portugal e nós vamos acompanhar tudo e mostrar essa tour. Enfim, há muita coisa boa na ‘Hora do Faro’ que vai divertir o público. Há diversão, alegria, emoção, um pacote de coisas que fazem o programa ‘Hora do Faro’!
O programa ‘Hora do Faro’ é especial e é incrivelmente bom em termos de audiências. Por isso mesmo, não podíamos lhe receber sem lhe contar do sucesso que tem em Portugal…
R.F.: Obrigado, muito obrigado. Amei! É um dos programas mais vistos em Portugal?… Olha isto aqui [n.r.: Rodrigo Faro lê o destaque de audiência]: ‘Em 2023, o ‘Hora do Faro’ é o programa de variedades mais visto por cabo em Portugal’. Que orgulho, obrigado! Eu tento, tento e tento retribuir esse carinho que eu recebo aqui em Portugal. Quero vir aqui mais vezes, sem dúvida. Quero estar mais próximo das pessoas e trazer a minha família para cá para poder receber esse carinho. Aqui em Portugal é como eu digo, sinto-me mesmo em casa! Então, quando recebo homenagens como essas, fico sempre muito feliz e sem saber como retribuir tanto carinho e amor do povo português.
Eu carrego Faro comigo, eu carrego Portugal comigo. Quero deixar um beijo a todos os portugueses e parabéns pelo vosso trabalho
Nós também adoramos lhe receber aqui e esperamos que volte muitas mais vezes. Para terminar, deixe uma mensagem ao público para que veja o programa ‘Hora do Faro’.
R.F.: Têm de ver o ‘Hora do Faro’ para rirem, para se emocionarem, para ouvirem histórias brilhantes e para ver também Portugal, porque ao longo da história do programa, sempre fiz questão de vir para cá e de contar histórias de brasileiros e portugueses e mostrar este país lindo também aos brasileiros, porque somos povos irmãos. Para mim é como se fôssemos todos um grande país, o carinho que tenho pelos brasileiros é o mesmo que eu tenho pelos portugueses. Portugal é a minha segunda pátria, não é à toa que eu tenho Faro no meu nome. [risos] Eu carrego Faro comigo, eu carrego Portugal comigo. Quero deixar um beijo a todos os portugueses e parabéns pelo vosso trabalho. Obrigado.
Foi um prazer falar com você e fico à espera da próxima visita…
R.F.: Sim, para a próxima fazemos um ‘Dança Gatinho’! Dizem que eu tenho a cara do Tony Carreira, então eu farei dele! [risos]
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