A Justiça da França absolveu a empresa aérea e a fabricante do avião que há 14 anos decolou do Rio de Janeiro rumo a Paris e caiu no Oceano Atlântico. As 228 pessoas a bordo da aeronave morreram no acidente.
Quase 14 anos depois de perder o marido, Renata ainda esperava por justiça.
É uma sensação de injustiça tremenda. (…) A gente vai levar daqui com a gente, né. Cada um vai resolver de uma forma.
Renata Mondelo, viúva de Marco Antônio
Thiago estava com 11 meses quando o pai pegou o voo 447 da Air France do Rio de Janeiro com destino a Paris.
O avião, fabricado pela Airbus, caiu no dia 1º de junho de 2009 no Oceano Atlântico, perto de Fernando de Noronha, horas depois de ter decolado.
Marco Antônio Camargos Mendonça tinha 44 anos e foi um dos 228 mortos do mais com acidente aéreo da história da aviação Francesa.
De lá para cá a Justiça entender o motivo do acidente. O conteúdo das caixas pretas confirmou que ele aconteceu depois do congelamento das sondas de velocidade enquanto o avião passava por uma área com condições meteorológicas ruins.
O problema, segundo as investigações, fez com que o aparelho emitisse informações erradas sobre a altitude. Os pilotos também não teriam reagido ao problema da forma correta, o que fez a aeronave entrar em queda livre.
As investigações mostraram que a falha já havia acontecido antes do acidente. A Justiça entendeu que, tanto a companhia aérea, quanto o fabricante cometeram erros, principalmente porque não trocaram as sondas que pareciam congelar com mais frequência e nem informaram os pilotos do problema.
O tribunal concluiu que, mesmo encontrando os sinais de imprudência e negligência, não há como provar que essa tenha sido a causa da queda da aeronave.
Segundo a justiça francesa não é mais possível recorrer da decisão.
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