Brasileiras foram vítimas de um novo esquema de tráfico internacional de drogas
A viagem de férias era para ser um tour pela Europa de 20 dias, começando por Berlim, capital da Alemanha. Na escala em Frankfurt, já no país europeu, as brasileiras foram detidas pela polícia. Ficaram presas dois dias numa cela no próprio aeroporto e depois foram levadas para uma penitenciária feminina.
Numa audiência de custódia, a Justiça alemã decidiu manter Jeanne Paollini e Kátyna Baía presas até que todo o inquérito da Polícia Federal Brasileira seja enviado para lá com as imagens que mostram o embarque das malas ainda no Aeroporto de Goiânia e a troca de etiquetas, já em São Paulo.
As autoridades da Alemanha querem que o contato seja feito via Itamaraty, que disse prestar assistência às mulheres.
As brasileiras embarcaram em Goiânia no dia 4 de março e, antes de seguirem para a Europa, fizeram uma escala no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos de 11 horas. Foi nesse intervalo, segundo a Polícia Federal, que as etiquetas das bagagens delas foram tiradas e colocadas nas malas que estavam com os 40 Kg de cocaína.
As malas despachadas por Jeanne e Kátyna tinham peso diferente das que transportavam cocaína. Um indício da inocência das duas, de acordo com a Polícia Federal.
A investigação aponta que as goianas foram vítimas de uma quadrilha que troca etiquetas de bagagem de passageiros para enviar drogas para Europa.
Em entrevista dada na terça-feira, a Polícia Federal detalhou como as bagagens são recuperadas pelos traficantes.
O Aeroporto Internacional de São Paulo é uma rota do tráfico internacional de drogas. Só nos primeiros três meses deste ano 98 pessoas foram presas com entorpecentes. A Polícia Federal apreendeu quase 800 Kg de drogas, a maior parte, cocaína. Para amigos e familiares de Jeanne e Kátyna fica o desejo de que todo esse mal entendido seja resolvido.
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