A maioria estava em Portugal há dois anos ou menos
Brasileiros que se mudaram para Portugal, agora, querem fazer o caminho de volta. Muitos estão em uma situação tão grave que não têm dinheiro para retornar para casa. Hoje, os brasileiros já são a maior comunidade a pedir ajuda ao programa da ONU de repatriação. O chefe da missão em Portugal explicou que a Organização Internacional para Migrações oferece um apoio de retorno voluntário com ajuda financeira e psicológica.
Foram apenas seis meses em Portugal, aos 24 anos, Douglas buscava uma vida melhor, mas descobriu que faltou planejamento na hora de imigrar.
Inflação, alta na taxa de desemprego e aumento no custo de vida, uma realidade que afeta não só os portugueses, mas principalmente os imigrantes, entre eles muitos brasileiros que optaram por voltar para casa.
De acordo com a Organização Internacional para Migrações, um número que nos últimos dois anos aumentou em quase cinco vezes.
Em 2021, 288 imigrantes recorreram à organização para voltar para o país de origem. Duzentos e dezenove eram brasileiros. No ano passado, esse número chegou aos 1051, 913 do Brasil.
Nos três primeiros meses deste ano, a procura já é 300% maior do que no mesmo período de 2022. A maioria estava em Portugal há pouco tempo – dois anos ou menos -, o que confirma uma suspeita: a falta de informação na hora de imigrar.
O chefe da missão em Portugal explica que a Organização Internacional para Migrações oferece um apoio de retorno voluntário com ajuda financeira e psicológica e se diz impressionado com a quantidade de pessoas que estão em situação de extrema vulnerabilidade, desempregadas e sem dinheiro até para comprar comida.
Douglas tem passagem de volta para o começo do mês que vem. Até lá, aproveita o que considerou uma vantagem em Portugal, o sossego de andar nas ruas, sem se preocupar com a segurança.
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