Tamara Klink é a brasileira mais jovem a cruzar o Oceano Atlântico

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Tamara Klink é a brasileira mais jovem a cruzar o Oceano Atlântico
© Aldeia News

A jovem, de 24 anos, levou 84 dias em todo o percurso da Noruega até o Recife, no Brasil

A filha de Amyr Klink, um dos maiores velejadores do mundo, seguiu os passos do pai e conquistou um novo recorde marítimo. Ela é, oficialmente, a brasileira mais jovem a cruzar o Oceano Atlântico, sozinha e em um veleiro.

Saindo da Noruega, a embarcação, chamada de Sardinha, foi a responsável por auxiliar Tamara a escrever o seu nome na história da navegação. Durante três meses sozinha, ela velejou 5.600 milhas marítimas, algo em torno de 10.400 km, e enfrentou ondas, vento, frio, calor, chuva, raios e riscos.

A família acompanhou toda a trajetória e foi fundamental, inclusive na sua chegada ao Brasil. A avó, Anna Carvalho, inclusive foi quem deu o nome ao veleiro. “É um peixe que ninguém dá tanto valor, mas que faz grandes distâncias, grandes migrações e nunca esta só”, afirma Tamara que concordou com a avó na escolha do nome.

Anna e Marina Bandeira Klink, fotógrafa e mãe de Tamara, contam que nunca relaxaram. “É difícil dormir sabendo que a minha filha está no mar”, afirma Marina. O pai Amyr Klink, já em 1984 foi o primeiro homem a atravessar o Atlântico Sul à remo, além de já ter velejado 300.000 milhas, o equivalente a 25 voltas ao mundo.

A preocupação dele passava, principalmente, pelo receio do Mar do Norte e da entrada da filha ao atracar na marina do Recife, “que a noite pode ficar muito perigosa”, conta. Marina, que acompanhou todos os movimentos da filha destaque que “o ponto mais crítico da travessia de Tamara foi o encontro do hemisfério norte com o sul, onde a rotação das correntes oceânicas se invertem”, explica.

Desde pequenas, as filhas de Amyr e Marina despediam-se do pai para as viagens dele. Até que, em certo momento, a mãe decidiu que elas estariam prontas também para uma navegação em família até a Antártida. Hoje, Laura, a irmã, é designer gráfica e Tamara, além desta experiência semelhante às do pai, cursa arquitetura naval na França.

Os pais só ficaram sabendo da viagem de Tamara na véspera do dia 10 de agosto, escolhido pela velejadora para iniciar o seu diário de bordo. “Eu não estava pronta pra ouvir o medo dos outros, os meus já eram suficientes”, desabafa a jovem. Já a mãe conta que “ela está sendo preparada para isso desde o dia em que nasceu”.

A cada parada de Tamara, a Sardinha recebia reparos da dona. Dentro do veleiro, ela tinha um fogão de uma boca só, um banheiro com água do mar e podia tomar banho com água da chuva ou do mar no exterior da embarcação. Ela conta, que durante os mais de 80 dias, a maior privação foi o sono, já que consegui dormir entre 3 e 4 horas diárias.

Na sua chegada a Recife, no Brasil, a família Klink a esperava ansiosamente. O pai Amyr correu para dar o nó da chegada, que marcou o fim da travessia da Sardinha. As irmãs não aguentaram de felicidade quando viram a irmã e a mãe gritou a saudade contida por quase 3 meses.

Tamara dividiu muitos momentos durante a travessia nas suas redes sociais e os fãs e admiradores da jovem também puderam acompanhar a aventura, bem como esperar por ela e Sardinha aparecendo pelo “Marco Zero”.

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Domingos, 11:30 (Lisboa/Londres)