A auxiliar de enfermagem que participou da cirurgia também pode responder pelo mesmo crime por ter sido conivente com a conduta ilegal
Uma biomédica foi presa por realizar uma cirurgia estética que acabou matando uma mulher. Lorena Marcondes realizou, na vítima, o procedimento de retirada de gordura localizada e enxerto sem ter formação acadêmica para tal. Além disso, a clínica de Lorena não tinha autorização da Vigilância Sanitária para funcionar. Ela foi presa em Divinópolis (MG). Acompanhe a reportagem!
Lorena Marcondes foi presa por exercício ilegal da profissão na sua clínica depois que uma paciente morreu. A vítima foi submetida a uma cirurgia para retirar gordura abdominal e fazer enxerto nas nádegas.
Este tipo de procedimento, só deve ser realizado por um médico habilitado, porque é considerada uma cirurgia de médio a grande porte. (…) Equipamentos para suporte para saber como está a situação da vítima, pressão, os batimentos cardíacos. E ela não tinha nada disso, além de ser biomédica. Ou seja, ela não poderia fazer o procedimento e também não poderia estar fazendo naquele local.
Flávio Destro, delegado
Por isso, para a Polícia, Lorena Marcondes de Faria Malta, de 33 anos, cometeu o homicídio doloso.
Lorena também pode responder por fraude processual. Segundo as investigações, foram retirados de dentro do consultório materiais em sacos pretos e até em malas, o que pode agravar a pena.
A auxiliar de enfermagem que participou da cirurgia, Ariele Cardoso, também pode responder pelo mesmo crime por ter sido conivente com a conduta ilegal da biomédica.
A auxiliar, também detida em flagrante, ficou em silêncio. A vítima, Íris Martins, tinha 46 anos e teve uma parada cardiorrespiratória. Ela chegou a ser socorrida pelo Samu, mas morreu assim que deu entrada no hospital. A família de Íris contou para a Polícia que o procedimento custou R$ 12 mil.
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