Atletas e riscos de mau súbito

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Atletas e riscos de mau súbito
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Apesar de ser uma forma de adquirir e preservar a saúde, tanto o esporte como a juventude, não são um atestado de imunidade aos riscos cardíacos

Rafael tinha apenas 24 anos quando infartou. Ele estava em quadra, jogando vôlei, quando tudo aconteceu.

“Eu senti a respiração ficar meio ofegante e fiquei totalmente paralisado. Eu senti muitas pontadas no coração e então já comecei a passar mal. Quando eu cheguei no médico, eu já tinha infartado. Para mim foi uma surpresa, afinal, eu tinha uma saúde aparentemente em dia”, diz.

O caso de Rafael não é isolado. Jovens atletas podem sofrer com problemas no coração, principalmente durante atividades esportivas que exigem muito esforço. Recentemente, o jogador de futebol americano Damar Hamlin, de 24 anos, que não tinha nenhuma doença pré-existente, teve uma parada cardíaca durante um jogo. Ele desmaiou e precisou ser reanimado ainda no campo.

Depois de uma semana internado, o atleta teve alta e saiu do hospital completamente recuperado.

Este foi um final feliz que o jogador colombiano Andrés Balanta, que atuava em um time argentino, não teve. Neste caso, o atleta morreu no final do ano passado durante um treino. O médico do clube disse que o atleta de 22 anos teve uma parada cardíaca, que foi socorrido mas não resistiu.

Sabemos que ter uma vida ativa é um dos fatores de proteção contra doenças, principalmente as doenças cardíacas. Por isso, quando assistimos um atleta jovem sofrendo um ataque cardíaco ou mesmo um infarto ficamos assustados.

Especialistas afirmam que não é possível antecipar todos os riscos em exames, mesmo aqueles esportistas que mantém uma rotina pesada de treinos e acompanhamento médico rigoroso.

Segundo o cardiologista Heron Rached, existem dois principais fatores que podem levar a morte súbita durante as atividades:

  1. Doenças congênitas. Alguns pacientes nascem com malformação das artérias coronárias e quando são submetidos à atividades físicas extremamente extenuantes, as artérias coronárias sofrem compressão de outras artérias, levando com que haja uma interrupção na passagem de sangue para o músculo do coração.
  2. Esforço além do limite do corpo. Mesmo quando o jovem é saudável, devemos entender que o coração é um músculo e, como qualquer outro músculo do corpo, também sofre com excesso de carga. Como o atleta trabalha em nível máximo, com adrenalina extremamente elevada, essa substância pode ser responsável por espasmos.

Assista a reportagem:

 

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