A Anvisa aprovou um novo tratamento contra a obesidade
O paciente ingere uma cápsula que se torna um balão gástrico dentro do estômago. Depois de quatro meses, o balão é eliminado naturalmente, sem cirurgia.
A cápsula tem três centímetros de comprimento e é ligada a um cateter. Roberta Menezes conta que nem precisou de anestesia, apenas engoliu a cápsula com a ajuda do médico, há 45 dias atrás.
A colocação é bem tranquila, a primeira semana é a semana mais delicada. Você sente um corpo estranho assim dentro de você, então sente uma certa dor abdominal na primeira semana. Mas depois disso, hoje eu não sinto mais nada.
Roberta Menezes
O médico, Eduardo Grecco, conta como acontece o procedimento. A pessoa deve ir ao hospital, onde deve beber um copo de água com gás para abrir o estômago. Depois vai engolindo com água sem gás. Posteriormente, é preciso fazer um raio-x e para ver a posição do balão. No estômago esse balão vai ficar cheio, dando ao paciente a sensação de saciedade.
Dentro do estômago o balão fica preenchido por 550ml de um líquido à base de soro fisiológico. Esse líquido contém uma substância que vai degradando uma parte do balão que os médicos chamam de válvula. Tudo isto programado para que a válvula se desfaça, o líquido escorra e o paciente consiga eliminar o balão naturalmente sem precisar de ajuda médica.
Os balões gástricos convencionais precisam ser colocados através de intervenção cirúrgica. Esse tratamento tradicional no SUS só é indicado para obesidade mórbida, quando a perda de peso precisa ser maior. O balão de engolir não é oferecido pelo SUS e custa entre R$ 15 mil e R$ 18 mil.
A estimativa de emagrecimento é de 10% a 15% do peso do paciente. Roberta diz que perdeu oito quilos em 45 dias e a meta é eliminar mais 10 quilos até o fim do tratamento.
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