Whindersson Nunes: Eu queria ser um astro do cinema

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Whindersson Nunes: Eu queria ser um astro do cinema
© D.R

Um dos maiores nomes do humor do Brasil, Whindersson Nunes, de 27 anos, é comediante, youtuber, cantor, compositor e ator!

Você diz que todos nós devíamos ter um propósito de vida. Qual é o seu?
Nem tudo o que parece é. Eu acredito muito nisso. Geralmente as pessoas tem receio de quem tem tatuagens na cara. Eu tenho tatuagens na cara e só sei fazer piadas, não faço mal a ninguém. [risos] Muitas vezes vou para os Estados Unidos, onde nem todos me conhecem, e por vezes as pessoas passam por mim na rua e começam a caminhar para o outro lado da rua. Acham que eu, por ter tatuagens, vou fazer mal a alguém. Mas não. Eu faço grandes shows, gravo e tento mostrar a todos que uma coisa não tem nada a ver com outra.  

Está em um ponto da sua vida e em um patamar da sua carreira que tudo tem que dar certo. O que é que acontece quando algo falha? Como é que lida com isso?
Antigamente ficava muito agoniado e transtornado com a situação. Agora ajo com mais naturalidade, pois acho que não há nada para fazer nessas situações. Por exemplo, fizemos um concerto em um estádio e começou a chover até para cima de mim. Eu pensei: “Se houver gente incomodada, as pessoas podem sair e serão reembolsadas. Os que quiserem participar neste momento da forma que ele é, ficam comigo”. Acabei por fazer uma hora e meia de espetáculo. Se isto tivesse acontecido anteriormente eu tinha ficado agoniado, saia do palco e chorava. Eu chorava muito. Dessa vez não fiquei aflito, foi tudo muito natural.

Whindersson Nunes: Eu queria ser um astro do cinema
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Como é que você se prepara para um espetáculo?
Quando eu vou para a estrada e o público compra ingresso para me ver, eu não posso fazer qualquer coisa. Tenho que fazer um show bem feito. Geralmente faço testes durante um mês. Às vezes faço espetáculos específicos de testes e chamo os fãs. Em Fortaleza fiquei lá um mês e fiz 23 espetáculos, foram todas as quartas-feiras, quintas-feiras, sextas-feiras, sábados e domingos. É assim que repito as piadas e vejo as inúmeras formas de que elas podem ser ditas. É ótimo para ver se as piadas funcionam ou não.

Esse exemplo na cidade de Fortaleza mostra o seu foco e determinação. Quando você era criança, o seu pai chegava em casa cansado do trabalho e você fazia massagens nos pés dele, era muito carinhoso com ele. Acha que ele é um exemplo e que faz com que essas suas características se realcem?
Nunca pensei dessa forma, mas acho que sim. Ele trabalhava muito, por isso não conseguia vê-lo muitas vezes. Eu via que ele sabia comunicar bem com as pessoas e aprendi muito com ele.

Como é que você se inspira para criar um espetáculo?
Eu não tenho tempo para me inspirar em alguma coisa em específico. Estou sempre fazendo coisas. [Risos] Mas, eu adoro assistir filmes, ir para o estúdio gravar e treinar! O exercício físico me ajuda a estar mais apto para enfrentar o meu dia e a ser resiliente.

Já faço boxe há 5 anos e me ajuda muito.

Você esteve em Portugal para gravar mais um show em uma das maiores plataformas mundiais. Como foi a sensação?
Foi muito bom… Portugal foi onde eu fiz o meu maior espetáculo fora do Brasil, foram cerca de 10 mil pessoas.

Acha que o público português é fácil de soltar uma gargalhada?
É, bem fácil. [Risos]. Para um comediante isso é ótimo, porque o ‘flow’ fica muito bom. Estou entre amigos em Portugal, não estou perto de pessoas que me julgam.

Há público que precisa ser convencido a rir e em Portugal isso não acontece. É ótimo, porque o comediante se solta muito mais e sente que está entre amigos.

Na sua carreira até agora qual foi o momento mais marcante para você?
O espetáculo da chuva foi muito bom, porque tive aquele ‘friozinho na barriga’. Já tinha passado 30 minutos de espetáculo e eu ainda estava nervoso! Esse momento foi muito bom.

No futuro, o que podemos esperar?
Um filme que vou fazer no começo do próximo ano. Eu queria ser um astro do cinema. [risos]

Qual é o conselho que leva para a sua vida?
Viver o momento no presente, não ficar agarrado no passado nem no futuro que ainda nem existe.

O ‘Palco’ é um programa de cultura e espetáculo dinâmico, onde os holofotes estão voltados para o mundo dos famosos. Entrevistas exclusivas com as principais celebridades portuguesas e internacionais. As polêmicas, curiosidades e destaques de suas carreiras em conversas descontraídas e verdadeiras. Cantores, atores, apresentadores, diretores, influenciadores e outras figuras com destaque no mundo da fama surpreendem a cada episódio.

Domingos, 14:30 (Lisboa/Londres)