Entrevista: Gabriela Cavallin diz que foi agredida por Antony quando estava grávida

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Entrevista Gabriela Cavallin diz que foi agredida por Antony quando estava grávida
Gabriela Cavallin | © Record TV

Em junho de 2022, a primeira agressão física de Antony a Gabriela teria acontecido em uma balada luxuosa na zona sul de São Paulo. A jovem influenciadora revela ter denunciado o ex-namorado por medo de ser agredida e ameaçada novamente. Segundo ela, as agressões eram recorrentes durante a gravidez. No mês de julho de 2022, a influenciadora perdeu o bebê. “Maior tristeza e culpa da minha vida”, disse a jovem.

Acompanhe a entrevista que Roberto Cabrini fez com Gabriela Cavallin!

Roberto Cabrini: De que forma você foi agredida?

Gabriela Cavallin: Fomos à balada separados, ele me encontrou lá. Ele me tirou com o segurança dele. Dentro do carro, ele falou ‘vou te levar embora, vou te levar embora’. Nessas crises de raiva e ciúmes, ele não media as palavras para me ofender, dizendo coisas pesadas que ele pudesse falar para me magoar, independente de ser verdade ou não.
Quando eu estava grávida, por exemplo, em toda discussão nossa, ele sempre falava ‘ah, eu não sou pai dessa criança, não tô nem aí para você, para essa criança’, falava coisas que ele sabia que ia me afetar. Como ele sempre disse e deixou claro para mim, ele me conhecia 100%, então ele sabia exatamente o que ele falava para me fazer chorar, para me magoar

RC: Você tinha quanto tempo de gravidez quando ele te agrediu?

GC: Três meses, aproximadamente. Isso me marcou muito, porque eu nunca tinha sido agredida, nem pelos meus pais, nem por nenhuma outra pessoa, e muito menos grávida. Dentro do carro, ele começou a brigar muito comigo, porque eu estava lá nessa festa, começou a reclamar, falar que não era meu direito estar na balada grávida, que eu poderia estar fazendo alguma coisa errada, e falou que eu ia beber, que eu ia fazer coisas que iam prejudicar o bebê e tudo mais.
Quando eu falei para ele que eu poderia sim ir para balada, poderia fazer o que eu quisesse, porque não era mais do direito dele decidir o que eu ia fazer, ele se alterou, ficou muito nervoso, começou a bater no vidro do carro, batendo no banco do carro. A gente estava sentado atrás, começou batendo no banco do carro, no vidro, e ele começou a me assustar. Eu falei para ele ‘você está me assustando’. Aí ele falou assim ‘eu estou te assustando? Então vou fazer pior.
Estava me assustando muito, fazendo isso, pegando meu braço, me chacoalhando, puxando meu cabelo, gritando muito. Ele estava dirigindo e me empurrando com a mão esquerda contra a porta, me batendo assim na parede, segurando meu cabelo e batendo no vidro do carro.

RC: Ele te ameaçava de morte? O que ele dizia?

GC: Sim, ele dizia ‘se você não vai ficar comigo, você não vai mais ficar com ninguém, vai acabar aqui para você. A gente vai morrer junto, eu, você e nosso filho. A gente vai morrer junto agora’, e dirigindo descontroladamente.

RC: Quanto tempo demoraram essas ações?

GC: Nesse dia, eu cheguei em casa já eram umas nove horas da manhã, entre todo o transtorno.

Em trocas de mensagens, apresentadas por Gabriela após os acontecimentos no carro, ela diz estar com medo do jogador. “Você me aterrorizou, não sei quem é você mais”. Em outra, Antony assume ficar bravo por ser ciumento.

RC: O que vem à sua mente lembrando de tudo isso?

GC: Até hoje, por mais que eu saiba que isso não se deu por mim, isso não foi uma atitude minha, não foi culpa minha, mas eu me sinto muito culpada de ter entrado no carro.

Em julho de 2022, a influenciadora tem um sangramento e vai às pressas para o hospital. A jovem perde o bebê.

GC: Eu tive mais ou menos uns 10 sangramentos na gravidez. Eu passei a gravidez inteira, depois desse dia no hospital, e nesse momento ali, eu sei lá, morri, eu acho. Entrei em pânico, comecei a chorar muito, pedir pelo amor de Deus para ela dar um jeito, não tinha que fazer mais. Ela me internou. Eu tive um parto de 30 horas. Minha mãe foi para lá e acabou.

RC: O que veio à mente nesse momento?

GC: A maior tristeza da minha vida e a maior culpa também.

RC: Você relacionou o que estava acontecendo ao Pedro, seu filho, ao que você tinha vivido?

GC: Não só nesse dia, tudo o que eu vivi na minha gravidez toda, com certeza. Na hora ali eu falei para ele “não quero mais falar com você, eu não quero te ver mais”.

RC: Quando é que ele ficou sabendo que isso aconteceu?

GC: Na hora. Quando eu perdi o bebê, ele tinha voltado para Amsterdam, já tinha acabado as férias dele. De longe, foi o pior momento da minha vida, não tem explicação para o que eu passei. A minha gravidez toda foi exposta.

RC: O que aconteceu exatamente?

GC: Foi exposto na mídia antes de eu poder falar para minha família ou para os meus amigos. Eu só tinha falado para o Antony mesmo e para a mãe dele.
Eu não sei como. Simplesmente, um dia eu acordei e estava lá na Internet. E aí começou uma chuva de ataques.
Eu recebia todo tipo de ataque, desde engravidar por interesse, até que não gosta dele, ou que o filho não era dele, que eu não merecia ser mãe. Tudo de pior que você pode imaginar, eu recebi de comentário. Que meu filho teve um livramento de infelizmente falecer e me deixar antes da hora, um milhão de coisas…

RC: Você atribui essas ações do Anthony à perda da sua criança?

GC: Isso ajudou, com certeza.

Assista à entrevista aqui!

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