Especialistas acreditam que as empresas estão aproveitando para recuperar as perdas durante a pandemia
Países da Europa enfrentam, hoje, altos índices de inflação e, mesmo quando há um recuo nos preços, a queda não é sentida pelos consumidores.
O aumento nos preços dos alimentos tem tirado o apetite dos consumidores europeus. Na França, onde a alta gastronomia é muito valorizada, as famílias reduziram os gastos com alimentação em 10% em abril em comparação com abril do ano passado.
Uma mulher conta que tem optado por marcas mais baratas ou em promoção, o que não fazia antes.
A inflação dos alimentos, que em março atingiu quase 16% ao ano, passou para 14% ao ano em maio. O ministro das finanças do país afirmou que, se produtores e varejistas não negociarem os preços, o governo pode intervir e diminuir as margens de lucro dos grandes fornecedores.
Na Itália, a disparada de preços atingiu em cheio o prato preferido da população, a massa. A alta chegou a 17,5% em um ano, e a Associação Italiana de Consumidores está organizando uma paralisação de 20 dias sem comprar o produto.
No Reino Unido, a inflação avançou mais em comparação com países da zona do euro. O preço dos alimentos e bebidas não alcoólicas subiu 19% em 12 meses, completados em março. É a maior inflação em 45 anos, segundo dados oficiais.
Especialistas acreditam que, por mais que os custos de energia e da produção de grãos tenham caído, as empresas estão aproveitando para recuperar as perdas registradas durante a pandemia.
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