Apenas 71 das faculdades de Odontologia no Brasil têm bancos de dentes
Os dentes são utilizados em aulas práticas e em pesquisas nos cursos de odontologia. Criminosos aproveitam a falta de estrutura das faculdades para vender dentes humanos na Internet e para abastecer o comércio ilegal, violam túmulos e cadáveres em cemitérios pelo país. Acompanhe a reportagem de Filipe Brandão!
Não é difícil encontrar pedidos de compra na Internet, há pedidos de dentes humanos em grupos de mensagens.
Um estudante que teve a sua identidade preservada, diz ser muito comum essa prática.
“Se você precisar sempre tem aquele colega que tem um contato, que conhece alguém, que consegue arrumar tranquilamente”, conta.
Os dentes são utilizados em aulas práticas e em pesquisas, nos cursos de odontologia. Os artificiais custam caro, entre R$ 25 e R$ 30 cada. Na Internet, os naturais são oferecidos ilegalmente por R$ 10.
Na Bahia, a professora Dayliz Pereira, da Universidade Estadual de Feira de Santana, a 100 km de Salvador, faz campanhas para combater a ilegalidade. Segundo a docente, os dentes que abastecem o mercado clandestino são retirados principalmente de cadáveres.
O Ministério Público da Bahia investiga o caso, mas este é um crime que se repete por todo o Brasil.
Em São Paulo, familiares denunciaram a violação de túmulos no cemitério do Araçá, um dos mais antigos da cidade. Criminosos destruíram as estruturas e abriram os caixões. A equipe da Record TV chegou a ver ossos e dentes espalhados pelo chão.
Luciana Franco levou um susto quando foi visitar o túmulo do sogro.
“Você encontrar corpos jogados ao chão, todos os túmulos abertos, ossos para tudo o que é lado… eu acho isso calamidade pública”, afirma.
Funcionários do cemitério admitem que os criminosos violam os túmulos para vender os restos mortais, pegando partes, como o crânio e a carga dentária, que se vende para dentistas.
No Brasil, existem mais de 600 faculdades públicas e privadas que usam dentes humanos para fins de ensino e pesquisa. Como a maioria dessas instituições não possui um banco de dentes, muitos estudantes acabam recorrendo ao mercado ilegal.
No Brasil, atualmente menos de 10% das universidades têm bancos de dentes.
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