Atravessar o Pantanal com uma grande boiada é uma tradição cheia de desafios para os peões. Eles cruzam trechos bem distantes, alagados e ainda ficam meses longe da família.
Acompanhe nesta reportagem uma comitiva pantaneira, que tem a missão de levar centenas de cabeças de gado entre as fazendas. Pelo caminho, uma surpresa: o grupo precisa correr atrás dos animais que se perdem.
A equipe de reportagem está no Pantanal de Nhecolândia, no Mato Grosso do Sul. Para os peões, o trabalho é em comitiva. O objetivo é levar a boiada de um lado ao outro na planície, uma jornada cheia de desafios.
Alguns dos homens já estão há pelo menos três meses longe de casa. Mas os tempos mudaram e hoje o avanço da tecnologia diminui a distância e a saudade da família, tendo agora a opção de se comunicar via Internet.
O grupo vai buscar cabeças de gado para leilão. Ao todo, serão 25 dias de trabalho. Enquanto parte da tropa prepara os animais para dar início, Luiz Carlos prepara a carga. São utensílios de cozinha e alimentos para durar a viagem toda e tudo vai sendo armazenado em caixas de madeira que são revestidas em couro, as famosas ‘bruacas’.
A equipe encontra também um rebanho que veio de longe. Saiu de Aquidauana para ser entregue a outra fazenda em Rio Verde. O que não é um caminho fácil, mais de 250 km por estradas e trilhas muito difíceis de passar.
Em comitiva são percorridos cerca de 15 a 20 km por dia, o que torna-se muito desgastante fisicamente para o peão.
Mas como nem tudo sai como planejado, algumas cabeças de gado se perdem durante o trajeto e, como nenhum animal pode ficar para trás, quando este animal se perde, a comitiva tem de voltar. O cozinheiro que já preparava o jantar dorme sozinho neste dia.
Depois de muitos desafios, todas as 650 cabeças de gado foram entregues ao leiloeiro no prazo previsto.
Às vezes, é difícil formar novos peões dispostos a desbravar o Pantanal. Mas aqueles que amam a função, dificilmente vão aceitar trocá-la por outra.
Veja a reportagem completa aqui:
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