Segundo investigações, a mãe de Nicolas teria começado a ser aliciada ainda na gravidez
As polícias de São Paulo e de Santa Catarina investigam se o homem e a mulher, flagrados com um bebê de dois anos que estava desaparecido, fazem parte de uma quadrilha ligada ao tráfico de pessoas.
Marcelo Valverde e Roberta Porfírio estão presos por tempo indeterminado. A Polícia quer saber agora se os dois agiram juntos para aliciar a mãe do bebê e convencê-la a entregar o filho. Também investiga se Roberta tinha a intenção de adotar o menino ou iria entregar a um casal interessado na adoção.
A advogada de Roberta disse que ela não participa de nenhum esquema ilegal de adoção e que ela viajou para Santa Catarina, onde conheceu a mãe de Nicolas, que doou o bebê para ela criar.
O bebê Nicolas, de dois anos, tinha sido visto pela última vez no dia 30 de abril em São José, na grande Florianópolis. No mesmo dia, a mãe foi encontrada desmaiada e foi levada ao hospital. Ela dizia não se lembrar onde estava a criança. Depois admitiu ter doado o filho.
Segundo as investigações, ela começou a ser aliciada ainda na gravidez, quando entrou em um suposto grupo de apoio na Internet.
Ela teve uma depressão pós-parto que não foi tratada. Emocionalmente ela é frágil. (…) Isso foi um processo de dois anos, porque ela teve momentos em que estava mais forte no aliciamento e momentos em que ela estava mais fraca. Nesse momento agora ela estava mais fraca. Foi onde ela cedeu e entregou a criança.
Sandra Mara Pereira, delegada
Os suspeitos foram presos na segunda-feira (8) em São Paulo. A polícia monitorava o carro onde eles estavam e fez uma abordagem certeira.
Marcelo dirigia o carro. Roberta estava no banco de trás, junto com o bebê, sentado numa cadeirinha.
O bebê está em um abrigo na capital paulista. Uma equipe do governo catarinense chegou a São Paulo e aguarda a liberação da Justiça para levar Nicolas de volta. O bebê vai ficar com os avós até a mãe recuperar a guarda, que lhe foi retirada devido a tudo que aconteceu.
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