Estudo científico sobre um fóssil contrabandeado do Brasil na década de 1990 foi retirado do ar
Nas redes sociais, a Comunidade de Paleontologia Brasileira demonstrou indignação com o fato de o novo estudo trazer apenas algumas referências genéricas sobre os conflitos envolvidos na origem da peça.
As críticas envolvem não só os pesquisadores alemães e franceses, mas também a revista científica, que aceitou a publicação de um artigo com uma declaração de ética que é considerada “bastante frágil”.
Para entender melhor sobre o assunto, o ‘Conexão Record News‘ conversou com a professora de Paleontologia do Departamento de Geologia da UFRN, Aline Ghilardi.
Aline diz que este não deve ser o único caso que tem vindo a causar problemas para o Brasil. Nos últimos anos, este tem chamado mais atenção e é ao qual os pesquisadores brasileiros estão mais dispostos a lutar.
A especialista diz que com a internet e as facilidades de comunicação, é facilitada não só a produção de mais conhecimento em conjunto, mas também resolver pequenas questões éticas e morais como esta, envolvendo fósseis traficados.
Existe um comércio mundial de fósseis, em que são procurados valores para essas peças. Dependendo do país, eles vão ter diferentes usos.
No Brasil, os fósseis são considerados Patrimônio Cultural da Nação e não é permitido o comércio, venda ou qualquer tipo de atividade comercial com os materiais, porque eles são entendidos como propriedade da nação e são bens com interesse científico.
Este não é o caso dos Estados Unidos, da Alemanha ou da Inglaterra, onde a venda de fósseis é regularizada. De acordo cm a reportagem, isso acaba causando alguns conflitos, porque alguns desses países sentem que, por ser liberado no território deles, podem comprar fósseis também em outros territórios.
São especificados valores monetários a esses materiais, que podem chegar a valer milhões no comércio internacional.
Confira a reportagem:
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