Entrevista: Passista da Grande Rio tem braço amputado após cirurgia para remoção de miomas no útero

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Entrevista - Passista da Grande Rio tem braço amputado após cirurgia para remoção de miomas no útero
© Record TV

Uma passista de escola de samba se internou para retirar miomas no útero, mas voltou para casa com o braço amputado. Alessandra tem 35 anos, é cabeleireira e dedicou grande parte da sua vida ao carnaval.

De acordo com familiares, Alessandra teve os dedos necrosados — quando ocorre uma acumulação de células, tecido e resíduos celulares mortos. Na ocasião, ela foi transferida para o Iecac (Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro), no Humaitá, na zona sul, após dez dias de internação. Ela ficou cerca de dois meses entre um hospital e outro.

O repórter Rael Policarpo conversou com ela para entender o que que aconteceu.

Como está a sua vida?

Foi horrível. Está sendo horrível. Eu estou sem chão. Na verdade eles destruíram mesmo minha vida. Destruíram a minha carreira, o meu sonho de ser mãe, destruíram o meu relacionamento, várias coisas. Sinceramente eu não sei mais o que pensar, como vai ser minha vida daqui pra frente. Entrei no hospital para poder fazer a cirurgia da retirada dos miomas e simplesmente acordei num outro hospital sem braço.

Quem acompanhou de perto e enfrentou todo esse drama, foi Ana Maria, a mãe da Alessandra. Ela explica como foram esses dias.

‘Ou sua filha ou o braço dela’. Foi isso que o médico falou para mim e para o pai dela, que a gente teria que tomar uma decisão muito rápida. Teriam que cortar o braço dela. Eles chamaram a gente pra mostrar a mão dela, estava toda preta. E se a gente não tomasse uma decisão muito rápida, que iria subir e ela ia perder o braço todo ou, talvez, viesse até ao óbito.
No momento em que ocorreu a amputação, ela começou a reagir. Estava parando tudo dentro dela. Aí desde o momento em que tiraram o braço, todos os órgãos começaram a reagir. Ela foi tendo uma melhora maravilhosa. Os médicos de lá salvaram a vida da minha filha.

Em nota, a fundação de saúde informou que vai abrir uma sindicância para apurar o ocorrido no Hospital da Mulher Heloneida Studart.

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